LM Nogueira do Cravo 0 : 1 CP Miranda do Corvo
 |
| Diogo Simões - autor do golo (sempre ele) |
Jogo muito estratégico em que a nossa equipa esteve muito bem no plano táctico. Recuámos as linhas defensivas para a linha três, privilegiámos a defesa à zona, saímos quase sempre bem da pressão alta que o adversário fazia e em transições no 3x1, com um jogo focado no pivot, criámos grandes dificuldades ao adversário. Miranda do Corvo teve sempre muitas dificuldades em desenvolver o jogo interior, optando quase sempre por rematar aos 12 metros e muitas delas das alas, onde pontificava o marcador de serviço, Diogo Simões, jogador que viria a marcar o único golo da partida durante a primeira parte, aproveitando um erro fatal de um dos nossos jogadores que acabou por fazer uma autêntica assistência quando tentávamos sair de pressão. Também em virtude do tipo de estratégia adoptada poderíamos por uma ou duas vezes ter feito golo, com uma das bolas inclusive a embater com estrondo no poste. O Miranda também quase no final poderia ter aumentado a vantagem com uma bola a embater na trave. Realça-se também a postura dos três GR que intervieram na partida, dois da Liga e um de Miranda que estiveram à altura do jogo, efectuando um punhado de grandes intervenções.
Por isso, o resultado é justo atendendo ao que se viu dentro da quadra, um Miranda mais assumido como lhe competia, muito motivado e a não querer perder pontos para não perder a primeira posição da tabela, muito mais maduro em todos os processos de jogo, e assistimos a um Nogueira mais retraído, preocupado em saber defender bem, e em saber sair de pressão utilizando um 3x1 clássico com apoio ao Pivot.
Como observação final, acredito que muitos gostariam de ter visto um Nogueira mais atrevido, mas no meu conceito, e não sou o único, uma equipa constrói-se de trás para a frente. E, entendo que já pagámos em demasia os atrevimentos. A equipa hoje começou a ter noção de que se estiver concentrada e cumprir tacticamente o que lhe é pedido, em virtude do adversário que temos pela frente, é uma equipa em crescendo, matreira, e até pode surpreender o adversário mesmo sendo este mais forte. Poderia ter acontecido neste jogo se tivéssemos a felicidade de marcar nas vezes que ganhámos de um para um na cara do GR contrário.
Em contra-ciclo e por manifesta falta de tempo ainda não me tinha sido possível fazer as respectivas crónicas dos jogos, fomos goleados em S. João por 15-0, numa manhã em que o nosso GR esteve indisposto e psicologicamente arrasado. E perdemos 1-0 em casa frente ao Ervedalense, num jogo entre duas equipas que se conhecem muito bem, pois possuem nos seus plantéis jogadores que já jogaram juntos. A vitória viria a sorrir para o Ervedalense quase no final da partida, mas poderia muito bem ter sido o contrário, tal o equilíbrio verificado durante o encontro.
Comentários